A Covid longa é caracterizada pela persistência de diversos sintomas após uma infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), que impacta o funcionamento no dia-a-dia dos afetados. Em um estudo de coorte retrospectiva com uma base de dados do Reino Unido, foram levantados os sintomas mais comuns além de 12 semanas após a infecção, descritos nas mesmas, envolvendo 486.149 pacientes positivados. Após se cruzarem os dados, foram destacados 62 sintomas que se correlacionam fortemente com a Covid longa. Dentre os mais comuns, foram apontados: fadiga, perda do olfato, fôlego curto, queda de cabelo, espirros, dor no peito, febre, perda do controle dos movimentos intestinais, inchaço nos membros, dificuldades de ejaculação, ereção e redução do libido.
Dentre os fatores de risco para a Covid longa, temos: sexo feminino, pertencer a minorias étnicas, baixa renda, tabagismo, obesidade, idade avançada e diversas outras comorbidades inespecíficas. Dentre os pacientes com sintomas persistentes após a infecção por Covid, 80% pertencem a Classe 1 (sintomas de largo espectro como dor, fadiga e rash), 5,8% a Classe 2 (em que predomina tosse, fôlego curto e catarro) e 14,2% a Classe 3 (dominada por depressão, ansiedade, insônia e brain fog (“pensamento enevoado”).
É um vírus recente, que está em constante mutação, fugindo com frequência das imunizações disponíveis, logo o espectro de sinais, sintomas e letalidade pode variar. É importante ressaltar que os pacientes devem manter o cartão de vacinação em dia, principalmente aqueles que pertencem aos grupos de risco para a doença. Importante também manter as medidas preventivas como o distanciamento social e o uso de máscara em locais públicos.
#Covid #CovidLonga #Coronavirus
Referências:
https://doi.org/10.1038/s41591-022-01909-w